Eu nunca me gabei em dizer que não sinto taaaanta falta assim do Brasil, o que é verdade. De certa forma, racionalizei bem essa coisa de gostar do bom daqui ao revés de cair na inevitavel comparação que qualquer pessoa fora de seu país faz. Voto sempre ao favor do bem estar, da mirada positiva (sem essa caretice do positivismo que eu não tenho paciência) e fecho este tema das fronteiras concluindo que ninguém me forçou a vir... bem politicamente correto assim e suficientemente correto para poder viver bem, sem dramas.
Como toda forma de pensar em algum momento deve ser, ou naturalmente é questionada, chegou o momento de "sentir" um pouco na pele a saudade... talvez ainda não da cidade ou da casa. Pela primeira vez em um ano resolvi ficar doente pra valer, dessas caídas feias que levam dias para curar. Desde a última quarta feira não vou trabalhar por causa de uma gastroenterites aguda, mais conhecida como virose de verão: febre alta constante com picos de 40 graus, vomitos a cada 3 horas e diarréia que me está castigando até hoje.
Ao avisar a equipe de Recursos Humanos, expliquei exatamente o que a médica me disse: "é algo muito comum em Buenos Aires neste momento de dias quentes". Quando estou me preparando para sair de meus emails, Julia, a assistente de Recursos Humanos me responde desejando melhoras e sutilmente me corrigindo, dizendo que não se tratava de um problema da cidade e sim de algo ruim que eu devo ter comido. Julia! pó deixa, tomarei mais cuidado com o que eu ponho na boca tá? :)
Nos dois primeiros dias, porcausa da febre, não tinha forças realmente para levantar da cama... queria que milagrosamente viesse um anjo chamado Eunice, minha mãe, pra me ajudar, me botar debaixo da água, trocar o lençol molhado pelo suor, preparar aquela limonada com maizena para "refrescar" o estomago e deixar as havaianas na porta do banheiro.
Para minha sorte, minha mãe foi maravilhosamente representada pelo Javier, que de forma incrivel e sem eu pedir com uma palavra sequer, veio, deu umas "broncas", me botou no banho frio e me deu uma super assistencia. Charlie com os Gatorades, os amigos ligando para saber como estava ou se precisava de algo. Detalhe: Todas pessoas que há 1 ano não existiam, pelo menos pra mim.
Ao falar com minha mãe e receber a lista de coisas que deveria fazer, entre elas a limonada com maizena (que já me salvou de muitas) numa só, sem perdoar, manda: e aí? até quando voce pretende ficar por ai...? fica ai, sozinho, sofrendo, doente... vem embora, vai.... chega!
20.1.08
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2 comentarios:
Ô meu anjo... Piriri brabo? Espero que já esteja bem.
São muito feias essas brasileiras que só chupam do lugar onde moram. Essas horrorosas que só andam com mais brasileiros, não aprendem o idioma, só frequentam lugares de brasileiros e guardam todo o dinheiro para comprar apartamento na volta ao Brasil. Elas se mudam de cidade para vampirizar mesmo. Não estão preocupadas em construir alguma coisa, devolver em troca... Feiosas, só isso.
ai mae é uma delicia né.
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