31.10.07

Con Amor, Buenos Aires.

Av. Santa Fé, 152, Fernet, Boliche, Sushi, Vino Blanco, Sudestada, Las Cañitas, Palermo, Belgrano, Plaza Serrano, Farofia, Clara Nunes, Bosques Palermo, Veroloves, Porro, Taba, Sole,Calle, Gimnasio, Cigarrillos, Charlas, "Solvetis Ragui Deise", David, Pendejo, 5º Avenida y Alejandro, Ochentoso, Peluqueria, Peluquero, Charlê, Niceto, Latin3, Dell-Hell, Fox, Exito, Pelo, Xingú, Pija, Bius, Bilus, Nieve, Juan,Parrilla, Las Cholas, Gato Simao, Kim y Novak, Mari, San Telmo, Festa do Charlê, Imagem & Açao, Fotos no domingo, Mate, Camildis, Extensor, Bond Street, Cama Solar, Sarkis, 1ºB, Danuza Leao, Fideos, Kentucky, Empanadas, Taba, Viejo Pajero, Chino, Kiosko, Marlboro de diez, lluvia, Pochoclo dulce, coco na calçada, Avenida Libertador, Thita. Club Oro, Buenos Aires, 30.

Obrigado por ter me dado essa oportunidade meu amor.
Para sempre Buenos Aires e a gente.

Até em breve amiga querida e companheira,

25.10.07

XINGU

Apareça qualquer hora , agora e mora no meu coraçao!

16.10.07

Repeat

Quando a gente ficar velhinho, além de falar do tempo, vamos falar coisas do tipo: o que era o youtube não é minha gente?

eu adoro. só não gosto no meio das festinhas, porque todo mundo começa a mostrar a xuxa, a mara, a mulher do shoptour que canta vai tomar no cu (essa já ficou velhinha hahaha)...

mas bateu uma dúvida, sempre gostou de uma musica e nunca viu o clipe ou nem sequer a cara do cantor(a)? youtube nelas.

eu adoro o air. nao gostei do ultimo cd mas tenho uma faixa preferida mesmo assim. talkie walkie é meu cd preferido deles, que são franceses e são ótimos.

descobri outro dia de novo essa música "cherry blossom girl" deste mesmo album e como todo mundo a escuto bem alto e várias e várias vezes...

achei esta apresentação deles, dessas bem arrumadas pela gravadora em um programa bem de auditório... imagino o que deve ser prum artista ter que passar por isso.

a voz é dele. mas se parece dela. e eu acho que eles sabem usar muito bem os recursos da tecnologia para fazer uma boa melodia. (ui!) ahahahaha

com vocês, air! :-P
http://www.pocket-symphony.com/

16 de outubro

Só me dei conta que já estamos na segunda quinzena do mês agora, quando olhei no relógio. O passar rápido do tempo sempre é assunto. Você pode caminhar na fila dos aposentados vai encontrar duas senhoras pelo menos muito bravas e perplexas com a agilidade dos dias... -"menina, como o tempo voa e não para de voar"...

Janeiro tem um quezinho de tristeza porque te dá a mesma sensação de uma segunda feira: tem toda a semana pela frente, neste caso, todo um ano...

Fevereiro já acho alegrinho: primeiro porque geralmente tem 28 dias e no meio um feriadão gostoso que é o carnaval.

Março tem aquela coisa de "agora é pra valer"... o ano começa de vez eita e vamos lá... não gosto muito não porque começavam as aulas.

Abril já engrenou, é um mes que nao fede nem cheira, é também o mês do aniversário de meu pai.

Maio considero um Abril parte dois, com a exceção que não tem a pascoa, nem ovo de páscoa. Dizem que dá sorte casar neste mês, miculosen.

Junho cê sabe que eu me simpatizo bastante? gosto, acho um mesinho legal, boa praça... tinha as provas decisivas, em falar nisso, cada vez mais penso se um dia vou voltar a estudar... ai que peguiça. É também um mês já quase frio, de dias azuis e quase férias. Tem São João... Junho é nota 10.

Julho eu adoro. Eu não sei que aconteceu, mas de uns anos para cá, ainda quando eu estudava, comecei a gostar mais das férias de Julho... tá bom para comer coisa gorda, inverno... dormir de manhã, acordar com preguiça. Combina muito com moleton cinza, meia branca e chinelao Rider.

Agosto aponta para essa coisa de novos tempos. Já é segundo semestre, os carros saem da loja já com dois anos: ano 2007 modelo 2008 e todo mundo já começa a falar que num piscar de olhos Dezembro tá aí.

Setembro eu gosto porque são dias meio calmos. É começo da Primavera e tem essa mensagem bem fluflu de recomeço, que venham as folhas e flores, ui!

Outubro é um mês bacana, mas traiçoeiro. Este é o mês que as velhinhas da fila dos aposentados mais adoram. VOA literalmente! Talvez seja porque é o mês que todo mundo corre para as academias, verão realmente tá na porta e lá pro dia 23 você se dá conta que falta meio quilo de pança pra queimar... - "o que você vai fazer no Reveillon"? E misteriosamente, como num passe de mágica, da noite para o dia, o Shopping se enche de luzes e enfeites de natal e você passa a desconfiar se o espirito natalino é uma seita poderosissima ou uma multinacional riquebésima. (eu acho os dois).

Novembro eu adoro porque é meu aniversário. Juro que não é por nada não, mas acho um mês verdadeiramente chique. N.O.V.E.M.B.R.O... é um nomão grande, gostoso de pronunciar.. dá cosquinhas nos lábios... "novembrrrrrro". Como a quinta feira que não é sexta e é chique, novembro não é dezembro e é chique também. É um mês que faz um calorzinho, mas que tem manhãs lindas para se aproveitar. No dia do aniversário me ponho um tiquinho tristinho e afobado, porque sempre acho que não estou aproveitando o dia da melhor forma... Mas aprendi com a Danuza que não existe obrigação de aproveitar nada, só o que se quer e tá ótimo assim. Sei que nos últimos dois anos eu relaxei e deu certo. Sempre dá!

Dezembro dá um misto de coisas na cabeça de todo mundo, é final de ciclo. É também essa loucura de compras e cartão de crédito. Eu adoro as propagandas de natal, seja o ursinho polar da coca que eu nunca entendi muito bem ou as chamadas Abuse e Use C&A com o negão com roupa de festa de gala e um gorro vermelho na cabeça. E você começa a ver passar na TV aqueles filmes incriveis, que anunciaram lá no comecinho do ano... O pior de Dezembro são os pernelongos.

Entre Dezembro e Janeiro, acho que gosto mais da metade do ano, porque ponta mesmo só a de estoque e a do pão da padaria.

1.10.07

DANUZA LEÃO - A obrigação de ser feliz


Mas querendo a mesma coisa que qualquer pessoa normal: chegar em casa, se atirar na cama e ver o final de um filme




ELA HAVIA combinado de jantar com amigos no restaurante mais novo da cidade, que, além de ser lindo e caríssimo, parece que se comia muito bem; se encontrariam lá às 10h. Mas naquele dia não estava muito bem. Para dizer a verdade, estava mal, e sem nenhuma razão especial para isso (como se precisasse). A pele estava sem viço, o cabelo ruim, mas pensou que quando chegasse e tomasse uma bebida tudo ia melhorar. Pegou um táxi, e o trânsito estava péssimo, tudo parado. Olhou para o lado direito, a calçada vazia; à esquerda, um ônibus parado. O motorista, jovem, parecia calmo, mas olhou várias vezes para o relógio; alguém devia estar esperando por ele, pensou. E pensou também no seu quase tédio, que estava indo para um restaurante cuja conta seria provavelmente mais alta do que ele ganhava em um mês. Ficou pior e começou a pensar. Como seria a vida daquele motorista? Se às 10h da noite ele ainda estava trabalhando, devia ter começado pelas 2h da tarde -isso se não fizesse um biscate na parte da manhã. Devia morar longe, e ainda ia ter que pegar uma condução para chegar em casa, o que seria lá pelas 11h. A essa hora a mulher talvez já estivesse dormindo, e ele ia ter que fazer um prato e botar para esquentar antes de cair na cama, morto de cansaço, sem ter com quem falar. O que será que ele pensava da vida? Teria planos para o futuro? Planos de melhorar de vida e poder ir a uma pizzaria aos sábados, tomar uma cerveja, voltar para casa e dormir abraçado com a mulher, sabendo que no dia seguinte ia poder acordar mais tarde, botar uma bermuda e ficar em casa de bobeira, vendo qualquer coisa pela televisão? O trânsito não andava, e ela só prestava atenção nele. Nele, que parecia conformado, cumprindo sua obrigação, sem pensar em nada a não ser no trânsito, que não era para estar assim parado àquela hora. Teria acontecido algum acidente? Daí a pouco os carros começaram a andar, o táxi virou à direita, e dez minutos depois ela chegou ao tal restaurante. O bar estava cheio, e a música -moderna- tocava alto o suficiente para que não se pudesse conversar, a não ser falando bem alto. Fez um esforço para ficar alegre; era preciso estar alegre, ou pelo menos fingir que estava. Tomou o primeiro drinque, tomou o segundo, mas naquela noite estava difícil. Voltou a pensar no motorista, imaginando que ele só devia estar querendo uma coisa: chegar em casa e se atirar na cama. E pensou nela mesma, que não queria nada; que tinha tudo que uma pessoa pode ter, teoricamente, para ser feliz, e que estava tão mal. Se sentindo mais só do que nunca, apesar de rodeada de amigos, amigos legais que gostavam dela e de quem ela gostava, mas querendo a mesma coisa que qualquer pessoa normal: chegar em casa, se atirar na cama e ver o final de um filme bem ruim, sem precisar ser inteligente, charmosa, engraçada. Pediu um terceiro drinque, deu risada de uma história que contaram, contou a sua, e quase sentiu inveja do motorista, que ia deitar e dormir sem precisar tomar nenhum comprimido, sem pensar em para que se nasce e para que se vive. Enquanto ela ia continuar fazendo o que sempre fez na vida, aliás com muito talento: fingindo que era feliz.